
Um dos temas mais debatidos da cadeia de saúde atualmente é a privacidade de dados. É justamente esse direito fundamental dos pacientes que corre risco quando são cometidas fraudes em planos de saúde.
Uma das práticas desabonadoras que vêm sendo detectadas pelas operadoras de saúde é o chamado “reembolso sem desembolso”. Ele ocorre quando clínicas e laboratórios que não fazem parte da rede credenciada oferecem um rol de serviços aos beneficiários, sem exigir pagamento. Em troca, pedem o reembolso do plano de saúde e para obterem o valor, solicitam o login e senha que o cliente utiliza no aplicativo.
Sob o pretexto de que propõem conforto e praticidade, esses prestadores de serviços se aproveitam da boa fé dos clientes para cometerem fraudes. Com a posse das informações de acesso dos beneficiários, visam tão somente vantagens financeiras: em geral, superfaturam seus preços.
“Com os dados cadastrais das pessoas em poder de empresas ilícitas, a privacidade dessas informações fica comprometida”, afirma Eduardo Malaco, diretor de operações da Care Plus. “O beneficiário pode até mesmo ter alterados seus dados bancários relacionados ao plano de saúde para reembolso de despesas médicas falsas”, acrescenta o executivo.
Portanto, quando ocorre o “reembolso sem desembolso”, o beneficiário acaba participando da ação fraudulenta, inadvertidamente. No final das contas, a prática também afeta o bolso do cliente, de maneiras diferentes.
13/6/2022